Os transtornos mentais, entre eles: Depressão, Ansiedade, Síndrome do Pânico, Distúrbios Alimentares, Dependência Química, estão se tornando cada vez mais frequentes em nossa sociedade, seja por conta das mudanças de estilo de vida que sofremos ao longo dos anos, ou por existirem, atualmente, tratamentos para condições que antigamente eram pouco consideradas pela Psiquiatria e pela Psicologia.
Evidentemente o sofrimento psíquico vem ganhando espaço na vida das pessoas, e muito se questiona não só sobre o aumento dos diagnósticos psiquiátricos, mas também sobre suas causas.
Ao longo do desenvolvimento da Medicina e posteriormente da Psiquiatria, muitos estudos foram feitos sobre as causas dos transtornos, incluindo a ansiedade e a depressão. Atualmente, entende-se que não há apenas um motivo para o desencadeamento da doença psiquiátrica, mas sim vários motivos. Trata-se, portanto, de uma doença multicausal!
Dentre essas causas que se associam ao sofrimento psíquicos estão as causas neurobiológicas, neuroquímicas, clínicas e psicológicas.
As causas neurobiológicas são os transtornos psiquiátricos propriamente ditos. Muito se conhece sobre diversos genes que aumentam a predisposição a diversas condições psiquiátricas, além disso sabe-se que traumas psicológicos na infância e até durante a gestação podem produzir alterações neuroquímicas que podem vir a contribuir de alguma forma para o aparecimento de depressão e crises de ansiedade .
Existem também outros fatores que são compreendidos como significativos para o surgimento de transtornos psiquiátrico, como o uso abusivo de álcool, tabaco e drogas ilícitas na gestação, ausência de cuidados essenciais na primeira infância, abuso sexual, violência doméstica ou situações traumáticas vivenciadas sem acompanhamento adequado, uso inadvertido de medicamentos na gestação ou durante a vida adulta, entre outros.
Ainda assim, existem casos que passaram por todas essas situações, ou muitas delas, e não apresentam nenhum transtorno diagnosticável. Isso se dá, por conta das tais causas multifatoriais, que correspondem a uma combinação de aspectos da vida de cada indivíduo e desencadeiam tais alterações psíquicas.
Em função disso, não existe ainda nenhum exame que comprove diagnóstico em Psiquiatria, apesar da grande quantidade de pesquisas para descoberta de diagnóstico biológico. Atualmente o único instrumento validado é a história clínica do paciente que é relatada em consulta por ele próprio e pela família. Podendo esta história, também ser complementada com relatórios de outros profissionais. A partir disso, o psiquiatra faz o exame psíquico, que é a simples documentação do estado mental na presente consulta.
As causas clínicas por sua vez, são diversas condições clínicas e neurológicas que podem causar alterações de comportamento e sofrimento psíquico. Nestes casos é possível que o psiquiatra realize encaminhamento para tratamento ou avaliação com o médico neurologista ou outra especialidade.
Por fim, as causas psicológicas são mais comuns, e estão presentes em praticamente todos os indivíduos. Por isso, é possível afirmar que a maioria das pessoas, portadoras ou não de transtorno psiquiátrico, poderá se beneficiar do tratamento com o psiquiatra em algum período de sua vida. O tratamento psicológico, por sua vez, pode caminhar em paralelo ao tratamento psiquiátrico já realizado, para lidar com os aspectos não neuroquímicos da doença. Permitindo assim, que haja uma elaboração do sofrimento e desenvolvimento do quadro inicialmente apresentado.
Psiquiatra Responsável: Dr. Felipe Damazio Pacheco – CRM 138601
Clínica Singular – Guarulhos
Tel.: (11) 2447-0180
